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Crescimento progressivo do conjunto universitário

 

Os edifícios em construção na enseada de Manguinhos poderão comportar, futuramente, até 30 mil estudantes. – Características das grandes obras ali em andamento.

A construção da futura Cidade Universitária resultou de sucessivos estudos preliminares procedidos por vários de nossos melhores engenheiros e arquitetos, sob a supervisão do engenheiro Horta Barbosa, bem como por ilustres técnicos estrangeiros convidados pelas altas autoridades públicas, então responsáveis por êsse importante problema. Ao contrário das velhas e seculares universidades, lentamente edificadas a partir da Idade Média, as do presente, como ocorreu com as de Atenas, Roma, Madri, Caracas, Miami e também com as que ora se constroem, como as de Tucuman, de México, Recife, Belo Horizonte e outras, devem ser erguidas ràpidamente e, desde logo, dotadas de grandes proporções.

Nos países novos, como o Brasil, de surto vertiginoso, o problema do ensino superior apresenta-se como extraordinária vivacidade em conseqüência da crescente carência em que estão de cientistas, técnicos, professôres e profissionais de tôdas as categorias, indispensáveis ao desenvolvimento industrial e ao progresso de múltiplos aspectos da hodierna vida social.

 

Planejamento

O Planejamento de uma Cidade Universitária exige longa coleta de dados e a elaboração de difíceis organogramas dependentes de sua estrutura, de seus currículos e de seus métodos de ensino. Êsses dados preliminares, cuja importância é decisiva, são, infelizmente, precários em todos os casos em que, como ocorre nas universidades de todo o Brasil, a modernização tem sido entravada ou tornada inoperante pela radical insuficiência e inadequação dos respectivos edifícios e instalações.

Como premissa de planejamento da Cidade Universitária da Universidade do Brasil, foram adotadas as conclusões dos estudos executados entre os anos de 1935 e 1945, segundo os quais a Universidade do Brasil deverá ser urbana e abranger, num mesmo “campus”, tôdas as suas organizações de educação, ensino, cultura, pesquisa, assistência técnica, esportes, administração, residências e serviços auxiliares, além de museus, biblioteca central, jardins ou hortos florestais, jardim zoológico, biotério, etc.

 

Número de alunos

A lotação inicialmente assentada para servir de base ao proporcionamento das diversas zonas urbanísticas e dos edifícios foi de 15.500 alunos, quase o dôbro das matrículas verificadas em 1948. Entretanto, foram os estudos conduzidos tendo em vista permitir o crescimento progressivo do conjunto universitário, de modo a poder comportar, no futuro, até 30.000 estudantes, em condições normais.

 

Zonas ou centros

De um modo geral, a Cidade Universitária ficará constituída pelas seguintes zonas ou Centros:

• Centro administrativo;

• Centro de Filosofia, Ciências, Letras e Educação;

• Centro de Ciências Sociais, Políticas e Econômicas;

• Centro Médico, Odontológico, Farmacêutico e Hospitalar;

• Centro de Engenharia, Química, Tecnologia, Eletro-técnico e de Física Nuclear;

• Centro de Belas Artes;

• Centro de Educação Física;

• Centro de Serviços Auxiliares;

• Centro Florestal e Zoológico.

Para que se tenha idéia das áreas reservadas para cada um dêsses setores basta lembrar que o setor de Medicina e Residencial medem mais de 100 hectares cada um; que o setor de Engenharia dispõe de 70 hectares ; o de Educação Física conta com quase 40 hectares . Para o Centro Florestal e Zoológico estão reservados cêrca de 80 hectares . O menor setor, o de Arquitetura e Urbanismo mede mais de 12 hectares , isto é : mais de 120 mil metros quadrados.

 

Pesquisado e transcrito por

Antonio José Barbosa de Oliveira
Professor do CBG/UFRJ e colaborador da Divisão de Memória
antoniojosearrobafacc.ufrj.br
 
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