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Reitor Roberto Medronho

   

 

Ficha Técnica do lançamento da Galeria de Reitores 

 

Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ

Denise Pires de Carvalho

Reitora

 

Fórum de Ciência e Cultura - FCC/UFRJ

Christine Ruta

Coordenadora

 

Sistema de Bibliotecas e Informações - SiBI/UFRJ

Paula Maria Abrantes Cotta de Mello

Coordenadora

 

Divisão de Memória Institucional - DMI/SiBI/UFRJ

Andréa Cristina de Barros Queiroz

Diretora

 

Algacilda Alves da Conceição

Bibliotecária

 

Juliano Leal Camargo

Bibliotecário

 

Moana Campos Soto

Museóloga

 

Pesquisa Histórica

Andréa Cristina de Barros Queiroz 

Juliano Leal Camargo 

Gabriela Oliveira Gayer

Letícia Marques da Conceiçao

Fernanda Wanderley Paes

Keison Mamud Honorato

Nathalia Andrade de Souza

Laura Asbeg

Jorge Luiz Joaquim Rosa Filho

Lucas Barroso Rego

Tássia da Silva Freitas

 

Pesquisa Bibliográfica

Algacilda Alves da Conceição

Juliano Leal Camargo

 

Arte Gráfica

Moana Campos Soto

 

Textos 

Andréa Cristina de Barros Queiroz 

Juliano Leal Camargo 

Gabriela Oliveira Gayer

Letícia Marques da Conceiçao

Fernanda Wanderley Paes

Keison Mamud Honorato

Nathalia Andrade de Souza

Laura Asbeg

Jorge Luiz Joaquim Rosa Filho

Lucas Barroso Rego

Tássia da Silva Freitas

 

Observação: Os textos com as trajetórias dos Reitores José Henrique Vilhena a Roberto Medronho serão lançados posteriormente, conforme conclusão das pesquisas.

 

Para assistir o vídeo do lançamento virtual da Galeria de Reitores da UFRJ acessem aqui.

 

CARTAO FRENTE

 

Desde a sua origem, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) dialoga com a efeméride da Independência do Brasil, pois a instituição foi forjada a partir da reunião da Escola Politécnica, da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e da Faculdade de Direito pelo Decreto nº 14.343, no dia 7 de setembro de 1920, como Universidade do Rio de Janeiro (URJ), no governo de Epitácio Pessoa (1912-1922). A criação da URJ interage diretamente com o contexto brasileiro da década de 1920, quando uma série de movimentos sociais, culturais e políticos contribuíram para modificar a arte, a educação e as ciências produzidas no país. Além do próprio centenário da Independência do país comemorado, em 7 de setembro de 1922, com a criação de uma série de comissões com a participação de professores da Universidade e de personalidades ligadas à cultura, às artes e à política na organização dos eventos comemorativos, realizados na cidade do Rio de Janeiro, a capital federal, em que receberam várias autoridades internacionais. Lembramos que no ano de 1922, também houve a Semana de Arte Moderna promovida em São Paulo que rompeu com os cânones do academicismo das artes plásticas, da literatura e da música produzidas no Brasil; foi criada a Academia Brasileira de Ciências (ABC); e, em 1924, foi instituída a Associação Brasileira de Educação (ABE).

Ao desenvolver esta exposição sobre o significado do dia 7 de setembro para a Universidade, nos deparamos com algumas disputas de memória em torno, sobretudo, de suas comemorações e os usos políticos que são feitos dessas celebrações que se coadunam com uma importante data para a história nacional e para o aniversário da instituição. A própria escolha da data oficial para a criação da Universidade, e por conseguinte, as suas comemorações sempre remontam ao uso político do passado nacional. Além da simbologia da data, alguns de seus lugares de memória estão atrelados ao contexto das efemérides da Independência, como o antigo Hotel 7 de Setembro, criado para a comemoração do centenário da Independência para abrigar as autoridades que vieram para as celebrações, e passou a pertencer à Universidade, como o internato da Escola de Enfermagem Anna Nery, posteriormente, tornou-se a Casa do Estudante Universitário (CEU) e onde hoje funciona o Colégio Brasileiro de Altos Estudos da UFRJ (CBAE).

A curadoria desta exposição se propôs a promover uma reflexão sobre os sentidos e os usos políticos desta efeméride para a Universidade Federal do Rio de Janeiro no contexto do centenário, do sesquicentenário e do bicentenário da Independência do Brasil. Enfim, são muitas as apropriações do 7 de setembro para a UFRJ, e compreender tais comemorações, é também analisar a construção das memórias sobre a instituição e sobre a história nacional.

 

Andréa Cristina de Barros Queiroz

Historiadora da UFRJ

Diretora da Divisão de Memória Institucional/SiBI/UFRJ

 

 

 

 

foto 5

  

Andréa Cristina de Barros Queiroz*

 

A primeira universidade pública do país, que comemora na data de 07 de setembro de 2020, o seu centenário, tem a sua trajetória relacionada às origens da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, da Escola Politécnica e da Faculdade de Direito.

 

Em 1808, com a transmigração da Corte portuguesa para o Brasil e diante das condições de insalubridade no Rio de Janeiro, que passou ser a capital do Império Português, o príncipe regente D. João, criou os primeiros cursos de medicina, um na Bahia e o outro no Rio de Janeiro, em 05 de novembro de 1808. Lembramos que o curso do Rio de Janeiro deu origem à Academia Médico Cirúrgica, e esta, a partir de 1832, passou a constituir a primeira Faculdade de Medicina. 

 

A origem da Escola Politécnica remonta a 1792 quando o vice-rei D. Luiz de Castro assinou os estatutos aprovando a criação da Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho que antecedeu a Academia Real Militar, a qual deu origem a Escola Polytechnica do Rio de Janeiro.

 

A Faculdade Nacional de Direito tem a sua origem relacionada à união de duas faculdades livres de direito de caráter privado, isto é: a Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais, de 1882; e a Faculdade Livre de Direito da Capital Federal, de 1891.

 

Somente no contexto republicano que a primeira universidade pública do país foi criada. Embora desde o Império, outras tentativas de criação de universidades se fizeram, mas todas sem êxito. Após a Proclamação da República, houve também outras tentativas que não se concretizaram. Cabe lembrar que, na Constituição de 1891, o ensino superior foi mantido como atribuição do Poder Central, mas não exclusivamente. Outro ponto a ser ressaltado é a “influência positivista na política educacional, marcada pela atuação de Benjamin Constant” (CUNHA, 2007, p.132).

 

De acordo com Fávero (2010, p. 26), desde a Reforma Rivadávia Corrêa, de 1911, pelo Decreto nº 8.659, que instituiu o ensino superior livre, acabou criando condições para o surgimento de outras Universidades no âmbito dos Estados fora da órbita do Governo Federal. Nesse contexto, foram criadas: em 1909, a Universidade de Manaus; em 1911 a de São Paulo; e, em 1912, a do Paraná; todas como instituições livres.

 

Apenas com a Reforma Carlos Maximiliano, de 1915, que ficou estabelecido, pelo Decreto nº 11.530, que os três cursos superiores do Rio de Janeiro deveriam se reunir e constituir-se assim na primeira Universidade sob o âmbito do Poder Central. Fato somente concretizado no governo de Epitácio Pessoa (1912-1922), em 07 de setembro de 1920, que reuniu a Faculdade Nacional de Medicina, a Escola Politécnica e a Faculdade Nacional de Direito e criou a Universidade do Rio de Janeiro (URJ) pelo Decreto nº 14.343, sendo o seu primeiro Reitor o professor, médico e filólogo Benjamin Franklin Ramiz Galvão e a sua gestão durou de 1920 a 1925.

 

*Historiadora da UFRJ; Doutora em História Social (UFRJ); e Diretora da Divisão de Memória Institucional/SIBI/UFRJ.

 

Referências:

CUNHA, Luiz Antônio. A Universidade Temporã: o ensino superior da Colônia à Era Vargas. 3ª ed. São Paulo: UNESP, 2007.

FÁVERO, Maria de Lourdes. Universidade do Brasil: das origens à construção. 2ª ed. Rio de Janeiro: UFRJ, 2010.

 

Fonte:

Segunda página da Acta da primeira reunião da Congregação das Faculdades de Medicina e de Direito e da Escola Polythecnica, em 11 de outubro de 1920. Disponível em: http://objdig.ufrj.br/01/consuni/699609.pdf Acesso: 06 set. 2020.

 

Acta de 1920 002

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