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Exposição Josué de Castro

Exposição Josué de Castro e o seu legado

 

A Divisão de Memória Institucional (DMI) do Sistema de Bibliotecas e Informação (SiBI) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) celebra, nesta exposição, a trajetória e o legado do médico, professor, filósofo, geógrafo, escritor, político, diplomata, intelectual e grande ativista social no combate à fome, Josué de Castro, desde os tempos de menino na cidade do Recife, a sua relação com a UFRJ, como estudante e professor, a sua vida pública até a sua morte, em 1973, no exílio na França.

 

Josué Apolônio de Castro nasceu no dia 5 de setembro de 1908, na rua Joaquim Nabuco, em Recife, Pernambuco. Foi o filho único da professora pernambucana Josepha Carneiro de Castro e do comerciante paraibano Manoel Apolônio de Castro. Vindo de uma família de classe média do sertão pernambucano, estudou nos melhores colégios do Recife e, aos 15 anos, após terem burlado a sua idade em um documento, foi aprovado para ingressar na Faculdade de Medicina da Bahia. Em 1925, no quarto ano do curso, solicitou transferência para Faculdade de Medicina da Universidade do Rio de Janeiro (URJ), onde se formou em 1929.

 

Em sua trajetória intelectual dedicou-se a analisar o problema da alimentação e da fome, a diversidade étnico-racial, a justiça social e a geografia urbana do Brasil. A sua importante contribuição científica pode ser observada ao longo da exposição e no catálogo virtual disponibilizado que foi extraído da base bibliográfica Minerva da UFRJ, disponível ao final deste texto, com a identificação de suas obras e daquelas que ele influenciou ou que a ele foram dedicadas.

 

Além de ter se formado pela antiga Faculdade de Medicina da Universidade do Rio de Janeiro, foi professor catedrático de Geografia Humana da Faculdade Nacional de Filosofia (FNFi) da então Universidade do Brasil (UB), onde também foi aluno do cuso de filosofia, e na exposição destacamos a tese defendida e o discurso de posse intitulado "A função social das Universidades" quando se tornou catedrático da instituição. 

 

Como homem público, foi presidente do Conselho Consultivo da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), deputado federal, por dois mandatos, pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) por Pernambuco e chefe da Delegação do Brasil em Genebra, tornando-se Embaixador para assuntos ligados à ONU.

 

Após o golpe militar de 1964, Josué de Castro sofreu grande perseguição política e foi dispensado da função de Embaixador e após a implementação do primeiro Ato Institucional, pela ditadura civil-militar, foi cassado como professor da Universidade do Brasil. Foi então que seguiu para o exílio na França, onde lecionou na Universidade de Paris. Em 15 de janeiro de 1970, a ditadura civil-militar impôs o Ato Complementar 78, que determinava o afastamento de servidores públicos que tivessem sofrido a suspensão dos direitos políticos ou a cassação de mandato eletivo. Assim, mesmo já estando no exterior, Josué de Castro foi aposentado compulsoriamente de seu cargo de professor de Ensino Técnico, vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Permanecendo, portanto, no exílio em solo francês até o seu falecimento em 24 de setembro de 1973, deixando diversas obras publicadas pelo mundo. 

 

Andréa Cristina de Barros Queiroz

Historiadora da UFRJ

Diretora da Divisão de Memória Institucional / SiBI / UFRJ

 

Ficha Técnica Exposição

 

 

Catálogo da produção de Josué de Castro disponível na Base Minerva clique aqui.

 

Visite a exposição no ícone abaixo.

 

  

 

 

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